Quem é o cantor?!
...(?)...
Acredite! O Karaokê se torna uma arma maligna nas mãos de um vizinho vingativo!
Ao som de Ivete Sangalo o show particular ganha vida. O karaokê está ligado no volume máximo. A chacina vai começar! O microfone está na mão de um temível vingador. É uma arma carregada pela voz. Quem tiver a melhor vence! (Ou quem tiver a pior também)...
É iniciado o duelo, as palavras cantadas eram chicotes de humilhação perante meu ouvido tão indigno de tal dom. Cantava:
_Como se eu "frô" você me xeiraaHHH, como se eu fosse "frô" você me rega. E nesse "reggae (?)" eu vou a noite inteiraaaHHH, porque morrer de amor é brincadeira.
O duelo mal começara e nosso cantor já nos tinha atirado duas frô, e um reggae de regar a frô. A vizinhança entrou em exstasse, maravilhados, perplexos. A irmã que não citarei nome, Edjane, levantou-se e puxando o microfone resolveu atacar a altura.
Pulou boa parte das músicas do karaokê e escolhendo Michel Teló iniciou:
_Nossa! Nossa! Assim você me mata. Ain se eu te pego. Ain, ain se eu te pego. Delícia! Delícia! Delícia! (?) Delícia (??). Na na na na na...
Os vizinhos com os olhos esbugalhados acabavam de flagrar uma amadora do karaokê, que em vez de seguir a legenda fechara os olhos. (Edjane estava morta de vergonha, decidiu fechar os olhos para se concentra melhor. E só pra lembra... ela é loura!) Edjane foi tão sensacional nesse mini show que a galera foi ao delírio:
_Ih! Fora! Ih! Fora!
O karaokê estava processando a nota da moça inteligente. Foram 5 segundos de pura tortura.
Edjane exclamou:
_Gente! Gente! Contagem regressiva para minha nota sair... 1, 2, 3, 4, 5. (Caro leitor, é só ler os números de trás para frente.)
A tabela de notas apareceu, um belo 0,0 foi desenhado.
Edjane comentou:
_Melhor zero vírgula zero (0,0) do que só zero (0) (?)
E largando o microfone no sofá retirou-se. O nosso primeiro cantor vingador da "frô" atordoado perguntou:
_Alguém quer competir comigo?
_Griiii! Griiii! Griii!
Era o que se escutava como resposta.
Até que se escutou logo ao longe uma voz arranhada, cuspida e rabiscada.
Nosso cantor vingativo questionou:
_Quem é o cantor?!
E ao olhar para trás vira seu irmão que o havia gravado cantando.
Emocionado exclamou:
_Raul Gil é para lá que eu vou.
E sorrindo ao longe partiu achando-se o último Pavarotti do Teatro Municipal nos acontecimentos naturais de 2012.
Boa sorte na sua carreira projétil de Gal Costa fanha ;)

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